Skip to content Skip to footer

CARMIM vinhos e azeites de qualidade reconhecida

Fundada em 1971 por um grupo de 60 viticultores, a CARMIM – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz assume como seu principal objetivo a produção e comercialização de vinho a partir da uva dos viticultores da região. Contando hoje com cerca de 700 associados, que juntos possuem mais de 3 mil hectares de vinha, a CARMIM tem produzido, ao longo destes anos de história, vinhos e azeites de qualidade (re)conhecidos pela sua excelência. 

Com 53 anos de atividade, a CARMIM é uma empresa incontornável no concelho de Reguengos de Monsaraz, seja enquanto gerador de valor acrescentado bruto, empregador ou pelas suas marcas de vinho com elevada notoriedade. A tudo isto acresce um enorme orgulho em o fazer com vinhos produzidos exclusivamente a partir de uvas dos seus associados, oriundas das suas vinhas na sub-região de Reguengos. Por isso mesmo, João Caldeira faz um “balanço muito positivo” e que, “certamente, encheria de orgulho os pioneiros que há pouco mais de meio século deram os primeiros passos para a construção desta casa”. 

Fotografia Ernesto Fonseca

Contando atualmente com cerca de 700 associados, a CARMIM produz 74 referências de vinhos, dos brancos aos tintos, dos jovens aos reservas, passando pelos licorosos, rosé e espumantes. Para além disso, sob a insígnia CARMIM produz-se também aguardente e azeites de reconhecida qualidade.

Segundo o diretor-geral da CARMIM um “viticultor associado não sofre a ansiedade de saber se há comprador para as suas uvas, ou de ter de gerir a maturidade dos contratos que possa ter com entidades compradoras de uva. O nosso associado sabe que a adega assumiu, desde longa data, o compromisso irrevogável de aceitar toda a produção dos seus associados. A esta relação de confiança acresce o papel da empresa na divulgação das melhores práticas e do melhor conhecimento produzido, daí resultando uma melhor matéria-prima e um melhor produto final”.

João Caldeira, diretor-geral da CARMIM

Afirmando-se como um agente económico muito relevante no concelho de Reguengos de Monsaraz, a CARMIM é responsável pela injeção anual na economia local de cerca de 12 milhões de euros (entre massa salarial e pagamento de matéria-prima). Numa região com elevado potencial de abandono e nas quais escasseiam oportunidades de trabalho qualificado, a empresa gera algumas oportunidades de trabalho qualificado para profissionais de marketing, gestão de pessoas, engenheiros e financeiros no interior de território nacional, afirmando-se assim como um agente ativo na promoção da sustentabilidade do território. 

Entre as marcas de vinho da CARMIM destacam-se o Monsaraz Premium, espumante Monsaraz, Garrafeira dos Sócios, Bom Juiz, Régia Colheita, Monsaraz Millennium, Monsaraz, Reguengos, Terras d’el Rei e Olaria. Existem ainda os vinhos Monsaraz monovarietais – Gouveio, Touriga Nacional, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon e Syrah – bem como a Aguardente Terras d’el Rei, o Reguengos Licoroso, a Aguardente Vínica Velha e ainda o Vinho Licoroso Edição Comemorativa dos 40 Anos da CARMIM. Para além disso, a empresa produz igualmente azeites de qualidade nas gamas Terras d’el Rei e Monsaraz.

Monsaraz espumante Bruto Natural rosé

“Espumantes têm vindo a crescer de forma consistente”

Contando com 15 anos de produção de espumantes, a marca de Reguengos lançou recentemente uma novidade, o Monsaraz espumante Bruto Natural rosé. Sobre o que originou esta aposta e quais as principais caraterísticas deste espumante, João Caldeira relembra-nos que a categoria tem vindo a crescer de forma consistente ao longo dos últimos anos e que, por isso, “não queríamos ficar de fora”. Assim, depois do Monsaraz branco decidiram avançar para o rosé e provar que espumantes com acidez e gastronómicos também podem ser produzidos em zonas menos prováveis, como é o caso do Alentejo. O desafio foi aceite pela equipa de enologia, liderada por Rui Veladas, e a resposta foi excelente. 

Em breve a CARMIM irá lançar uma nova colheita do Reguengos Garrafeira dos Sócios, a de 2021, no primeiro trimestre de 2025, e no final do ano um Grande Reserva da marca Monsaraz. Têm ainda em carteira outras novidades que serão anunciadas a seu tempo. 

Visita e prova de vinhos

Numa recente visita à CARMIM, tivemos oportunidade de provar alguns vinhos recomendados pelos enólogos Rui Veladas e Tiago Garcia, que destacamos. 

O Monsaraz espumante rosé Bruto Natural 2022, elaborado a partir das castas Touriga Nacional e Aragonez, apresenta-se rosado, com bolha fina e persistente. Tem aroma delicado, com notas de frutos vermelhos e ligeiro frutos secos. Muito harmonioso na boca, é versátil, bebe-se com prazer e tem um preço recomendado de 9,90 euros.

Enólogo Rui Veladas | Fotografia Ernesto Fonseca

Para comprovar a qualidade e capacidade de guarda do Garrafeira dos Sócios, provamos duas colheitas, 2013 e 2019. No Reguengos Garrafeira dos Sócios tinto 2013, edição que já não há para venda, sentem-se as notas de evolução, que conferem complexidade, frutos pretos maduros, frutos secos, tostados e cacau. Na boca tem boa acidez e frescura, taninos firmes mas aveludados, é intenso, boa madeira presente, nota de pimento, especiarias, final persistente. Ainda cheio de vida para uns bons anos em garrafa. O Reguengos Garrafeira dos Sócios tinto 2019 é um vinho clássico, cheio de garra e personalidade, estagiou 18 meses em carvalho francês de primeira e segunda utilização e algum carvalho americano e húngaro, foi engarrafado e ficou mais 12 meses em cave antes de chegar ao mercado, impressionou e tivemos de o premiar com prémio “Paixão Pelo Vinho Excelência”, em destaque neste artigo.

Monsaraz Sauvignon Blanc e Monsaraz Petit Verdot | Fotografia Ernesto Fonseca

Um dos mais recentes a chegar ao mercado foi o Monsaraz Petit Verdot 2019, um vinho fresco, com nota vegetal, aroma a frutos silvestres e notas tostadas. Boca com boa acidez, a segurar o álcool (15%), tem taninos macios e um final longo.

O futuro e os novos projetos

Um dos temas mais preocupantes em relação ao futuro da produção vinícola é a questão das alterações climáticas. Questionado como têm tentado prevenir os impactos destas alterações, o diretor-geral da CARMIM é perentório, afirmando sentir “de forma brutal os estios mais severos, o escaldão a dizimar vinhas e a disponibilidade de água a ser claramente insuficiente para as necessidades. Apesar do Alqueva se situar perto não dispomos, por agora, das condutas para permitir a rega aos nossos viticultores.  Os sinais parecem, contudo, encorajadores e parece estarem reunidas as condições para a água do Alqueva chegar até nós”, explica-nos. 

Quanto ao futuro, João Caldeira assume dois projetos para o próximo biénio: a expansão do armazém de produtos acabado, hoje demasiado exíguo para as necessidades, e a criação de um espaço para potenciar a visitação e o enoturismo, recuperando uma ruína de um antigo matadouro contíguo ao espaço da adega. 

Para além do mercado nacional, a CARMIM exporta atualmente para mais de 34 países, representando esta componente cerca de 20% do volume de negócios, dos quais metade corresponde ao mercado brasileiro, seguindo-se a França, Polónia e EUA. Já o volume de negócios prevê-se estável relativamente a 2023, ano em que ascendeu a 22 milhões de euros. 

Prémio Paixão Pelo Vinho Excelência

DOC ALENTEJO TINTO 2019 | 15% | 25€

Castas: Alicante Bouschet, Aragonez, Cabernet Sauvignon e outras

De cor granada intensa, é expressivo nos aromas. Vai-se revelando em camadas, primeiro os tostados, depois balsâmico, segue-se a fruta, amora, mirtilo e ameixa em destaque, pimento, especiarias. De perfil clássico na boca, é concentrado, tem taninos firmes, bela acidez, complexidade, boa madeira e especiarias no final de boca, termina prolongado. Grande vinho! MHD


Texto de Zita Salvador e Maria Helena Duarte | Fotografias de Ernesto Fonseca e cedidas pela CARMIM

Para ler na revista Paixão Pelo Vinho edição 97

A revista Paixão Pelo Vinho provou e classificou, em 2019, mais de mil vinhos em prova cega. Os vinhos e espumantes que se destacaram pelas sedutoras características sensoriais, foram oficialmente premiados, recebendo as distinções “Paixão Pelo Vinho Prestígio”, Paixão Pelo Vinho Excelência” e “Paixão Pelo Vinho Escolha”. O evento realizou-se no passado dia 7 de março e foi partilhado pelos leitores e apreciadores de vinhos, que puderam participar, aplaudir, provar, aprender e brindar! 

O ponto alto de todas as publicações especializadas é sempre o dia em que se festeja o setor, que recebe todas as atenções durante o ano, e se entregam os prémios aos melhores. Assim aconteceu, também, com a revista Paixão Pelo Vinho que, no passado dia 7 de março, juntou produtores e enólogos, para entregar os prémios aos melhores vinhos e espumantes, provados no decorrer de 2019, e celebrar numa festa vínica, que juntou mais de 1200 apreciadores de vinhos, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa. 

O evento contou com a presença de uma seleção de premiados, que estiveram a dar a conhecer os seus vinhos, incluindo alguns convidados como Raríssimo By Osvaldo Amado, Quinta do Gradil e Enoport Wines, que aproveitaram a altura para fazer uma apresentação dos seus novos vinhos. Outro ponto alto do evento foi o ciclo de “Conversas com os Enólogos”, num espaço que esteve sempre esgotado e proporcionou a prova comentada de vinhos especiais, apresentados pelos seus enólogos.Foram provados e avaliados mais de mil vinhos, espumantes e aguardentes vínicas no decorrer de 2019. Destes, um total de 68 foram premiados, com maior destaque para a região do Douro, que arrecadou 28 distinções. 

A festa vínica juntou mais de 1200 apreciadores de vinhos, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa.
PAIXÃO PELO VINHO PRESTÍGIO

O prémio Paixão Pelo Vinho “Prestígio”, coube a oito produtores. Entre eles, três vinhos tintos, todos DOC Douro: Costa Boal Homenagem Douro tinto Grande Reserva 2011, da Costa Boal Family Estates; Quinta da Manoella Vinhas Velhas tinto 2016, da Wine & Soul; e Quinta da Oliveirinha Vinha Franca tinto (Touriga Franca) 2013, produzido pela família Alves de Sousa. 

Apenas um vinho branco ganhou “Prestígio”, foi o Terrantez do Pico, com Indicação Geográfica Açores, da colheita de 2018, produzido pela Azores Wine Company. 

Os Vinhos do Porto Vintage 2017 também estiveram em destaque, arrecadando quatro destes prémios mais altos: Portal, da Quinta do Portal; Croft Quinta da Roeda Serikos e Taylor’s Vargellas Vinha Velha, ambos produzidos por Quinta & Vineyard Bottlers – Vinhos; e Quinta das Lamelas, de José António da Fonseca Augusto Guedes.

PAIXÃO PELO VINHO EXCELÊNCIA

A “Excelência”, prémio equivalente às habituais medalhas de ouro, foi entregue a 44 produtores. O Douro destacou-se e veio de lá o único Moscatel premiado – Adega de Favaios Moscatel 1989. A casta Touriga Nacional esteve presente em muitos dos vinhos premiados, como o Quinta da Gricha Talhão 8 tinto 2016, da Churchill Graham. A Quinta do Noval conquistou dois prémios, com os Quinta do Noval tinto Reserva 2016 e Porto Vintage 2017. Também a Quinta da Barca foi distinguida com “Excelência” para os Busto branco Grande Escolha 2017 e tinto Grande Escolha 2016. O Secretum Arinto 2018 e, do mesmo produtor, o Lua Cheia em Vinhas Velhas tinto de Vinhas Velhas Reserva Especial 2016 também foram distinguidos com ouro. Márcio Lopes Winemaker recebeu dois prémios, um para o vinho Proibido DOC Douro tinto de Vinhas Velhas Grande Reserva 2017 e para o Pequenos Rebentos Edição Especial Vinhas Velhas branco (Loureiro) Reserva 2018, DOC Vinho Verde. A casta Alvarinho foi premiada em duas interpretações: Dom Ponciano espumante Bruto Natural 2013 e Soalheiro Primeiras Vinhas 2018. 

A Bairrada destacou-se, com dois prémios para a Adega de Cantanhede: Marquês de Marialva Edição Especial 65 Anos, tinto Garrafeira 2001, da casta Baga; e Marquês de Marialva tinto de Vinhas Velhas Grande Reserva 2013. A região Tejo ficou bem representada, entre outros, pelos vinhos Desalmado tinto 2013 e pelo Bridão Private Collection tinto 2016, ambos da Adega do Cartaxo. 

O Scala Coeli tinto 2015, produzido pela Fundação Eugénio de Almeida; o Monte da Capela 18 Anos tinto Grande Reserva 2016, da Casa Clara; e Mamoré de Borba tinto Grande Reserva 2015, da Sovibor, são bons exemplos de vinhos imperdíveis nascidos no Alentejo. 

A ilha do Pico também brilhou com o Vinha Centenária branco 2017, as Azores Wine Company. Estes são apenas alguns exemplos, entre os melhores vinhos, premiados com Excelência.

PAIXÃO PELO VINHO ESCOLHA

Os prémios “Escolha” valorizam as melhores relações qualidade-preço, foram distinguidos 16 vinhos, como Castelo D’Arez Colheita Selecionada tinto 2016 e branco 2017, da Sociedade Agrícola da Arcebispa, e os Camolas Selection branco Reserva 2018 e tinto Reserva 2017, produzidos pela Adega Camolas, todos da Península de Setúbal, região que se destacou. A lista completa com todos os premiados, pode ser consultada na próxima edição da revista Paixão Pelo Vinho, nas bancas no final de março. Pode consultar todos os premiados na página seguinte.

Foram provados e avaliados mais de mil vinhos, espumantes e aguardentes vínicas no decorrer de 2019. Destes, um total de 68 foram premiados, com maior destaque para a região do Douro, que arrecadou 28 distinções. 
QUALIDADE E VALOR

Para Maria Helena Duarte, fundadora e diretora da revista Paixão Pelo Vinho, “é fundamental reconhecer a qualidade, já que os prémios para além de valorizarem os vinhos e exponenciarem a sua procura nos mercados, interno e externo, dinamizando a economia, também ajudam os apreciadores a escolher os vinhos certos para cada ocasião”. Já João Pereira Santos, diretor adjunto da publicação, destaca que “a qualidade dos vinhos portugueses está cada vez melhor, posicionando-os entre os melhores do mundo!”.

Com tantos e tão bons vinhos, não vão faltar razões para juntar família e amigos em jantares especiais, convívios, boas conversas e grandes brindes! Pode sempre ir acompanhando a seleção de vinhos através do nosso novo website: www.revistapaixaopelovinho.com.



> texto PPV > fotografia Ernesto Fonseca e Sérgio Sacoto
This Pop-up Is Included in the Theme
Best Choice for Creatives
Purchase Now