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Cooperativa Agrícola do Távora – Valorizar a Natureza

Localizada na Região Demarcada do Távora — Varosa, entre os rios Douro e Dão, a Cooperativa Agrícola do Távora CRL desenvolve um trabalho essencial de desenvolvimento desta região. As condições únicas que caracterizam este território — solos graníticos, primários e pobres em calcário, altitudes elevadas, clima temperado continental, entre outras — faz com que este se traduza num lugar privilegiado para a produção de maçã e de vinho. 

Fundada em 1954, a Cooperativa Agrícola do Távora tem tido um papel de agregação e desenvolvimento do setor primário de Moimenta da Beira e da vasta Região do Douro Sul. O trabalho de união dos pequenos agricultores é notório e muito tem contribuído para melhorar a sustentabilidade e a coesão territorial nas terras de Aquilino Ribeiro.

Fazendo um balanço positivo destes 70 anos de atividade, João António da Silva, presidente do conselho de administração, revela que nas últimas duas décadas “houve uma mudança estratégica na vida da cooperativa que passou da venda de granéis para a comercialização de vinhos engarrafados e espumantes, ainda que continuemos a vender vinho a granel”. 

Fotografia: D. R.

Contando atualmente com cerca de mil associados e aproximadamente 1200 hectares de vinha, o responsável admite que o número de associados não tem aumentado nos últimos anos e que existe um risco real de diminuição, “dado que a faixa etária dos associados é demasiado elevada e os jovens não têm motivação para continuar a vida e as atividades agrícolas dos seus progenitores”. Para além disso, acrescenta, “a região do interior está a perder, ano após ano, uma grande quantidade de população”. 

Por isso mesmo, João António da Silva deixa um recado ao governo, lembrando-o que é a este que “compete criar mecanismos que motivem e encorajem os jovens a fixar-se no interior do país. Caminhamos para uma desertificação humana, cada vez maior no nosso território e as políticas que possam ir de encontro a estes objetivos tardam a surgir”.

Trabalhando para contrariar este cenário, o responsável lembra que “colaborar com a cooperativa é ter a garantia que a produção é devidamente acompanhada e tratada da melhor forma possível e que o pagamento é sempre garantido”.

Fotografia: D. R.

Portugal é um país multifacetado

Possuindo uma gama de vinhos de excelência, os néctares da Cooperativa Agrícola do Távora, nomeadamente espumantes, vinhos brancos, rosados e tintos, são vendidos tanto no mercado nacional como internacional. “Portugal é um país multifacetado. Caminhando para norte, sul, leste ou oeste, encontramos uma grande diversidade de pessoas, clima, paisagens, território, orografia e essencialmente condições edafo-climáticas. São todos estes parâmetros que tornam Portugal um país de grande procura turística e de grande encanto. A região Távora-Varosa é exatamente isso. Só não precisamos de estragar aquilo que a natureza nos concedeu de bom. E, como dizia Aquilino, ‘alcança quem não cansa’. Aqui nunca nos cansamos”.

Ainda assim, diversos fatores externos têm “contribuído para que haja uma certa retração no negócio internacional” da cooperativa, desde a problemática das guerras até à insegurança a nível das políticas externas, desde a questão das alterações climáticas ao rescaldo da pandemia da Covid-19. “Temos esperança que, em breve, este cenário venha a melhorar significativamente. Contudo, estamos neste momento a incrementar o negócio a nível interno, quer com vinhos tranquilos, a granel, vinhos de base de espumante, quer com as nossas marcas de vinhos engarrafados (tranquilos e essencialmente espumantes)”, assegura João Silva. 

Apesar destes constrangimentos, o volume de negócios da Cooperativa Agrícola do Távora no último ano foi de aproximadamente 12 milhões de euros. Para este ano, a expectativa é de obter um volume de negócios igual ou superior ao ano de 2023.

João Antonio Pereira da Silva. Fotografia: D. R.

Desafiado a apontar alguns objetivos para o futuro próximo, o responsável revela que a estes passam por “construir novas caves para guardar os espumantes, assim como melhorar e reconverter alguma maquinaria, nomeadamente a aquisição de um filtro tangencial. Continuar a desenvolver parcerias com as principais organizações, Câmara Municipal e associações da área agrícola, onde se destaca a Confagri, e continuar a participar em eventos nacionais e internacionais de interesse para a cooperativa e o setor agrícola em geral”. 

Os vinhos da Cooperativa Agrícola do Távora 

Sob as marcas Terras do Demo e Fraga da Pena, a Cooperativa Agrícola do Távora produz um conjunto de espumantes que incluem o Reserva Bruto, o Malvasia Fina, o Touriga Franca, o Touriga Nacional e o Verdelho. Relativamente aos vinhos brancos, a associação produz e comercializa vinhos sob três designações diferentes: Fraga da Pena, Malhadinhas e Terras do Demo. Tendo em comum a casta Malvasia Fina, estes vinhos são conhecidos pela sua acidez natural, aroma intenso e carácter citrino, brilhante e fresco, representando a região por excelência onde o vinho branco encontra condições únicas para se elevar ao mais alto patamar de qualidade. 

Fotografia: D. R.

De igual modo, os vinhos tintos Fraga da Pena Reserva, Malhadinhas, Terras do Demo Reserva e Terras do Demo Superior buscam a delicadeza no aroma e nobreza do corpo, alcançando um notável sabor com o tempo. 

Por fim, a cooperativa produz ainda o vinho rosado Aquilinu’s. De aspeto límpido, este vinho apresenta um aroma floral e intensamente frutado, com notas frescas de morango e cerejas. O paladar, esse, é intenso a fruta vermelha fresca, acídulo e doce. •

A revista Paixão Pelo Vinho provou e classificou, em 2019, mais de mil vinhos em prova cega. Os vinhos e espumantes que se destacaram pelas sedutoras características sensoriais, foram oficialmente premiados, recebendo as distinções “Paixão Pelo Vinho Prestígio”, Paixão Pelo Vinho Excelência” e “Paixão Pelo Vinho Escolha”. O evento realizou-se no passado dia 7 de março e foi partilhado pelos leitores e apreciadores de vinhos, que puderam participar, aplaudir, provar, aprender e brindar! 

O ponto alto de todas as publicações especializadas é sempre o dia em que se festeja o setor, que recebe todas as atenções durante o ano, e se entregam os prémios aos melhores. Assim aconteceu, também, com a revista Paixão Pelo Vinho que, no passado dia 7 de março, juntou produtores e enólogos, para entregar os prémios aos melhores vinhos e espumantes, provados no decorrer de 2019, e celebrar numa festa vínica, que juntou mais de 1200 apreciadores de vinhos, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa. 

O evento contou com a presença de uma seleção de premiados, que estiveram a dar a conhecer os seus vinhos, incluindo alguns convidados como Raríssimo By Osvaldo Amado, Quinta do Gradil e Enoport Wines, que aproveitaram a altura para fazer uma apresentação dos seus novos vinhos. Outro ponto alto do evento foi o ciclo de “Conversas com os Enólogos”, num espaço que esteve sempre esgotado e proporcionou a prova comentada de vinhos especiais, apresentados pelos seus enólogos.Foram provados e avaliados mais de mil vinhos, espumantes e aguardentes vínicas no decorrer de 2019. Destes, um total de 68 foram premiados, com maior destaque para a região do Douro, que arrecadou 28 distinções. 

A festa vínica juntou mais de 1200 apreciadores de vinhos, no Hotel Vila Galé Ópera, em Lisboa.
PAIXÃO PELO VINHO PRESTÍGIO

O prémio Paixão Pelo Vinho “Prestígio”, coube a oito produtores. Entre eles, três vinhos tintos, todos DOC Douro: Costa Boal Homenagem Douro tinto Grande Reserva 2011, da Costa Boal Family Estates; Quinta da Manoella Vinhas Velhas tinto 2016, da Wine & Soul; e Quinta da Oliveirinha Vinha Franca tinto (Touriga Franca) 2013, produzido pela família Alves de Sousa. 

Apenas um vinho branco ganhou “Prestígio”, foi o Terrantez do Pico, com Indicação Geográfica Açores, da colheita de 2018, produzido pela Azores Wine Company. 

Os Vinhos do Porto Vintage 2017 também estiveram em destaque, arrecadando quatro destes prémios mais altos: Portal, da Quinta do Portal; Croft Quinta da Roeda Serikos e Taylor’s Vargellas Vinha Velha, ambos produzidos por Quinta & Vineyard Bottlers – Vinhos; e Quinta das Lamelas, de José António da Fonseca Augusto Guedes.

PAIXÃO PELO VINHO EXCELÊNCIA

A “Excelência”, prémio equivalente às habituais medalhas de ouro, foi entregue a 44 produtores. O Douro destacou-se e veio de lá o único Moscatel premiado – Adega de Favaios Moscatel 1989. A casta Touriga Nacional esteve presente em muitos dos vinhos premiados, como o Quinta da Gricha Talhão 8 tinto 2016, da Churchill Graham. A Quinta do Noval conquistou dois prémios, com os Quinta do Noval tinto Reserva 2016 e Porto Vintage 2017. Também a Quinta da Barca foi distinguida com “Excelência” para os Busto branco Grande Escolha 2017 e tinto Grande Escolha 2016. O Secretum Arinto 2018 e, do mesmo produtor, o Lua Cheia em Vinhas Velhas tinto de Vinhas Velhas Reserva Especial 2016 também foram distinguidos com ouro. Márcio Lopes Winemaker recebeu dois prémios, um para o vinho Proibido DOC Douro tinto de Vinhas Velhas Grande Reserva 2017 e para o Pequenos Rebentos Edição Especial Vinhas Velhas branco (Loureiro) Reserva 2018, DOC Vinho Verde. A casta Alvarinho foi premiada em duas interpretações: Dom Ponciano espumante Bruto Natural 2013 e Soalheiro Primeiras Vinhas 2018. 

A Bairrada destacou-se, com dois prémios para a Adega de Cantanhede: Marquês de Marialva Edição Especial 65 Anos, tinto Garrafeira 2001, da casta Baga; e Marquês de Marialva tinto de Vinhas Velhas Grande Reserva 2013. A região Tejo ficou bem representada, entre outros, pelos vinhos Desalmado tinto 2013 e pelo Bridão Private Collection tinto 2016, ambos da Adega do Cartaxo. 

O Scala Coeli tinto 2015, produzido pela Fundação Eugénio de Almeida; o Monte da Capela 18 Anos tinto Grande Reserva 2016, da Casa Clara; e Mamoré de Borba tinto Grande Reserva 2015, da Sovibor, são bons exemplos de vinhos imperdíveis nascidos no Alentejo. 

A ilha do Pico também brilhou com o Vinha Centenária branco 2017, as Azores Wine Company. Estes são apenas alguns exemplos, entre os melhores vinhos, premiados com Excelência.

PAIXÃO PELO VINHO ESCOLHA

Os prémios “Escolha” valorizam as melhores relações qualidade-preço, foram distinguidos 16 vinhos, como Castelo D’Arez Colheita Selecionada tinto 2016 e branco 2017, da Sociedade Agrícola da Arcebispa, e os Camolas Selection branco Reserva 2018 e tinto Reserva 2017, produzidos pela Adega Camolas, todos da Península de Setúbal, região que se destacou. A lista completa com todos os premiados, pode ser consultada na próxima edição da revista Paixão Pelo Vinho, nas bancas no final de março. Pode consultar todos os premiados na página seguinte.

Foram provados e avaliados mais de mil vinhos, espumantes e aguardentes vínicas no decorrer de 2019. Destes, um total de 68 foram premiados, com maior destaque para a região do Douro, que arrecadou 28 distinções. 
QUALIDADE E VALOR

Para Maria Helena Duarte, fundadora e diretora da revista Paixão Pelo Vinho, “é fundamental reconhecer a qualidade, já que os prémios para além de valorizarem os vinhos e exponenciarem a sua procura nos mercados, interno e externo, dinamizando a economia, também ajudam os apreciadores a escolher os vinhos certos para cada ocasião”. Já João Pereira Santos, diretor adjunto da publicação, destaca que “a qualidade dos vinhos portugueses está cada vez melhor, posicionando-os entre os melhores do mundo!”.

Com tantos e tão bons vinhos, não vão faltar razões para juntar família e amigos em jantares especiais, convívios, boas conversas e grandes brindes! Pode sempre ir acompanhando a seleção de vinhos através do nosso novo website: www.revistapaixaopelovinho.com.



> texto PPV > fotografia Ernesto Fonseca e Sérgio Sacoto
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